sábado, 28 de abril de 2012

UM ARCO-IRÍS


A flor que repousou no canto da tua orelha, incendiou o colorido dos teus cabelos e te fez assim, um arco – íris.

A flor que tocou os teus cabelos, me deixou assim com vontade de te fazer dormi sonoramente.

A flor que vi de você, quando brotou em um sorriso teu, fundiu-se com tua essência e te fez assim a pura beleza.

Quando cheguei ao fim, fui apenas o carteiro que te trouxe a flor, nessa noite despeça sem amor.

Johnny Craveiro.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

BICHO HOMEM





A terra sucumbiu os corpos, os corpos alimentam o solo, as almas agora são folhas lancinantes que peregrinam como nômades no vento, fazendo a terra girar.  Não existe céu, aqui é o inferno.

O fogo emana dentro de mim, o ar escapa dos meus pulmões, a água seca em minha boca, falta cor de vida em mim.

Bebo as minhas lágrimas porque aqui nesse rio não há mais água.
A dor do tempo corrói os meus ossos¸ enruga minha pele e me tirar à força das mãos¸ sinto que o dia está chegando.

Não existe mais tempo para os lamentos¸ o planeta está acabando e o bicho homem agora entrou em extinção por ter nas mãos o poder de ser exterminador de mundos, somos a bomba atômica e gozamos destruição.

Vamos vender a religião que ela é bom produto. A natureza inteira já foi consumida e os índios que não foram mortos¸ vendidos de souvenir.

Em sua imensa sabedoria Deus foi ingênuo de achar que o homem poderia ser algo bom¸ coitado.


Johnny Craveiro.