domingo, 12 de fevereiro de 2012

XEQUE MATE

                    

Esse efeito colateral do nosso pós termino que faz desmoronar meu mundo, é essa sensação que me faz perde o compasso, perde o rumo, me faz desafinar e não raciocinar.

A inquietação do meu coração faz meus pensamentos perderem a razão, com o ciúme na cabeça, a agonia de saber se seus lábios já encontraram outros que não sejam os meus, tento não imaginar teu corpo envolvendo-se em outro corpo que não seja com o meu sexo.

Sinto-me como um rei encurralado num xeque mate, minhas estratégias e energias para te fazer voltar já não existem mais, meu muro de pedras desmoronou em cima de mim.

Estou sem rumo, sorrindo falso, vegetando sem saber o que fazer, nem a música me alegra mais, nem ninguém me tem mais, nem você me quer mais, mas ainda assim em cada nossa triste despedida eu vou te esperar e tentar eternamente te amar.


 Johnny Craveiro.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

ABORTO





 Sou contra o aborto de tentar me arrancar do seu coração, não desejo brindar a sua ausência.

Já vivemos toda uma vida bandida, uma vida mal amada, uma vida de um puro, insano amor.

Prefiro viver em cada átomo dos seus milhares de universos, do que ter que declarar nossa despedida, posso até esperar a cor da noite se diluir, sujando o chão como o pranto que invadi a pele do seu rosto.

Limparia com um pincel todas as gotas dessa noite e pintaria um desenho teu em cada universo meu só para te fazer a única deusa de cada mundo que existe dentro mim.

Esqueçamos do uso dessa raiva, das torturas amargas e de nossas decepções choradas, esqueçamos de todos os nossos desamores.

 Tudo parece agora tão confuso, contrario até o mesmo amor, mas vamos refletir para vivermos outra vez dentro de nossa paixão e transformar tudo de ruim em pó, levantar as mãos para o alto e soprar tudo, deixando os sentimentos ruins se perderem no sopro do vento, para só assim virarmos mais uma página de nossa história e em uma nova folha em branco escrever mais uma página de nossa relação e no fim deixar outra vez o nosso amor de volta nos moldar.

Johnny Craveiro