terça-feira, 7 de agosto de 2012

ATÉ LOGO


Logo gostei de ti quando te li
Logo desejei nós e praia
Logo nos embriagamos de vinho e
Logo te vi sorrir
Logo o roubo virou história, mas
Logo a lembrança de te sentir me fez arrepiar a pele
Logo quis te ter perto de mim a todo instante, mas
Logo no mesmo instante lembrei-me dos nossos pesares, mas
Logo não me importei e te dei um até logo
Logo então pensei em deixar acontecer, pois afinal eu só quero estar contigo
Logo.


Johnny Craveiro .

terça-feira, 26 de junho de 2012

ELA



Penso nela em quase todos os momentos quando minha mente vagueia sem rumo. Nesta perdição de caminho eu a encontro.

Preciso dela como um pássaro precisa dos céus para fluir, como a beleza das nuvens só fazem sentido quando há olhos na terra.

Sua beleza me assusta de uma maneira irresistível. Meu olhar divaga sobre ela, gosto de ler os detalhes do seu corpo.

Não digo que ela é a perfeição, porque a perfeição além de ser extremamente chata, é simétrica. Ela é o caos que traz a vida, ela não é perfeita, mas se faz infinita em mim.

Meus sentimentos por ela pode ser comparado com o medo e outros sentimentos mais sublimes, junto ao paradoxo de temer perde-la.

Seu sorriso me atingiu como uma flecha. Dentro de um cubo, seu sorriso era o caos no cubo. Ela é o sussurro que me traz a paz no silêncio. Até da rotineira morte eu esqueço quando estou com ela.

Adoro ver o seu sorriso jogado ao vento. Seu olhar é a pura compleição da beleza.
Ela é a única subjetividade em minha vida.
Ela, minha vontade absoluta, meu incompreensivo querer, irresistivelmente belo. O incondicional amor.

Às vezes o tempo borboleteia tão rápido quando estou com ela que até sinto falta de mim mesmo, desse outro eu.

Para nós eu desejo apenas nós e nós, sem terceiro nós.

Sem ela meu olhar é triste, pesado, tenso, cansado, nulo, vazio, perdido, morto. É apenas um olhar reto contra parede, com ela a felicidade me toma, ascende à alma, me da vida e calor.


Johnny Craveiro.

domingo, 6 de maio de 2012

É PRECISO


É preciso aprender a viver com sabedoria. Sorrir e chorar.

É preciso respeitar o ciclo e dizer adeus quando quem você ama se vai.

É preciso esperar, aceitar e compreender quando você também tiver que partir.

É preciso sobreviver com a saudade.


Johnny Craveiro.

sábado, 28 de abril de 2012

UM ARCO-IRÍS


A flor que repousou no canto da tua orelha, incendiou o colorido dos teus cabelos e te fez assim, um arco – íris.

A flor que tocou os teus cabelos, me deixou assim com vontade de te fazer dormi sonoramente.

A flor que vi de você, quando brotou em um sorriso teu, fundiu-se com tua essência e te fez assim a pura beleza.

Quando cheguei ao fim, fui apenas o carteiro que te trouxe a flor, nessa noite despeça sem amor.

Johnny Craveiro.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

BICHO HOMEM





A terra sucumbiu os corpos, os corpos alimentam o solo, as almas agora são folhas lancinantes que peregrinam como nômades no vento, fazendo a terra girar.  Não existe céu, aqui é o inferno.

O fogo emana dentro de mim, o ar escapa dos meus pulmões, a água seca em minha boca, falta cor de vida em mim.

Bebo as minhas lágrimas porque aqui nesse rio não há mais água.
A dor do tempo corrói os meus ossos¸ enruga minha pele e me tirar à força das mãos¸ sinto que o dia está chegando.

Não existe mais tempo para os lamentos¸ o planeta está acabando e o bicho homem agora entrou em extinção por ter nas mãos o poder de ser exterminador de mundos, somos a bomba atômica e gozamos destruição.

Vamos vender a religião que ela é bom produto. A natureza inteira já foi consumida e os índios que não foram mortos¸ vendidos de souvenir.

Em sua imensa sabedoria Deus foi ingênuo de achar que o homem poderia ser algo bom¸ coitado.


Johnny Craveiro.


domingo, 12 de fevereiro de 2012

XEQUE MATE

                    

Esse efeito colateral do nosso pós termino que faz desmoronar meu mundo, é essa sensação que me faz perde o compasso, perde o rumo, me faz desafinar e não raciocinar.

A inquietação do meu coração faz meus pensamentos perderem a razão, com o ciúme na cabeça, a agonia de saber se seus lábios já encontraram outros que não sejam os meus, tento não imaginar teu corpo envolvendo-se em outro corpo que não seja com o meu sexo.

Sinto-me como um rei encurralado num xeque mate, minhas estratégias e energias para te fazer voltar já não existem mais, meu muro de pedras desmoronou em cima de mim.

Estou sem rumo, sorrindo falso, vegetando sem saber o que fazer, nem a música me alegra mais, nem ninguém me tem mais, nem você me quer mais, mas ainda assim em cada nossa triste despedida eu vou te esperar e tentar eternamente te amar.


 Johnny Craveiro.