Em cada esquina soam as canções de fé, em cada passo apertado um pedido em oração, em cada gota de suor o esforço de se ter a promessa cumprida.
Com os pés descalços o romeiro chora, o romeiro reza, o romeiro louva a nossa Senhora de Nazaré.
Do auto da mangueira vejo o barquinho de miriti navegar nesse mar de gente, vejo o anjinho que ainda não aprendeu a voar no ombro do seu pai protetor, vejo as fitas, a chuva prateada cintilando no vento.
Sinto os fogos estourem dentro do coração em quanto à berlinda flutua na multidão.
As mãos estendidas para o céu pedem graças ao som sagrado dos sinos.
Com as mãos unidas seguem desenhando a corda até todo esse mar de fé e devoção desaguar dentro da Basílica de Nazaré.
Johnny Craveiro.
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